Papa Francisco lê e recomenda os livros de J.R.R.Tolkien


Segundo o blog italiano Inoltre, do escritor Saverio Simonelli, o recente empossado Papa Francisco já leu as obras de Tolkien e as recomenda para todos como uma boa literatura contemporanea. 

Descobriu-se que além de ler Dostoevskji e Borges, o até então cardeal Bergoglio leu os livros de J.R.R.Tolkien e utilizou as obras em seus sermões, dentre eles destaca-se o sermão realizado na homelia de uma missa de páscoa em 2008: 

“Na literatura contemporanea Tolkien retrata em Bilbo e Frodo a imagem do homem que é chamado a caminhar e seus heróis conhecer e aplicar, apenas andando, o drama da escolha “entre o bem e o mal”. Mas é uma luta, acrescenta ele, em que não falta a dimensão do “conforto e da esperança” . “O homem no caminho – explica – tem dentro de si a dimensão da esperança: aprofunda-se na esperança. Em toda a mitologia e nessa história ressoa o eco do fato de que o homem é um ser ainda cansado, mas é chamado ao caminho, e se não entrar nesta dimensão desaparece como pessoa e se corrompe”. 

Desse ensinamento do Cardeal Argentino Bergoglio, pode-se ver que ele estava falando dos momentos de aflição de Bilbo e Frodo diante da tentação pelo uso do Um anel. 

Ressaltando que deve-se sempre ter a esperança e lembrar dos momentos de conforto. Esse é justamente um dos pontos chaves do Senhor dos Anéis na viagem de Frodo, em que em momentos dificeis ele se lembrava do condado e isso lhe dava esperanças para continuar a caminhada a até a Montanha e destruir o anel. 

O Catolicismo na vida e obra de J.R.R.Tolkien 

Muitos criticam a atitude da Igreja e dos cristãos em geral de tentar ‘cristianizar’ as obras de Tolkien, pois tentam mostrar o quanto o professor aplicou preceitos do criatianismo em sua obra. Ao contrário do pensamento do professor sobre o uso de alegorias com a sua obra. 

Discussões a parte, é evidenciado em vários momentos da vida do professor a sua forte relação com a fé cristã. 

J.R.R.Tolkien foi realmente um católico praticante. Sua mãe se converteu ao catoliscismo, ainda quando o professor era criança. Após a morte repentina de sua mãe Tolkien foi criado pelo Padre Francis Morgan (1857-1934), do Oratório de Birmingham. 

Há várias cartas do professor Tolkien que mostram o quanto ele estudava o latim e as escrituras, chegando até a traduzir o livro de jonas (do original) para a versão em Inglês da Bíblia de Jerusalém em 1966.

Além disso o filho mais velho de Tolkien, John Tolkien, se tornou padre da Igreja Católica na Inglaterra. Em uma de suas cartas, ao ser interrogado por um de seus leitores sobre o cristianismo contido nos livros do senhor dos anéis o professor disse:
Em uma de suas cartas, ao ser interrogado por um de seus leitores sobre o cristianismo contido nos livros do senhor dos anéis o professor disse:
“O Senhor dos Anéis obviamente é uma obra fundamentalmente religiosa e católica; inconscientemente no início, mas conscientemente na revisão. E por isso que não introduzi, ou suprimi, praticamente todas as referências a qualquer coisa como “religião”, a cultos ou práticas, no mundo imaginário. Pois o elemento religioso é absorvido na história e no simbolismo. Contudo, está expresso de modo muito desajeitado e soa mais presunçoso do que percebo. Pois, na realidade, planejei muito pouco conscientemente; e devo mormente ser gratopor ter sido criado (desde que eu tinha oito anos) em uma Fé que me nutriu e ensinou todo o pouco que sei; e isso devo à minha mãe, que se apegou à sua religião e morreu jovem, em grande parte devido às dificuldades da pobreza resultante de tal ato”.(Carta 142, 02 de dezembro de 1954, As Cartas de J.R.R.Tolkien, ed. arteeletra, curitiba, 2006).

Enquanto a Igreja Católica condena obras como O código da vinci, Harry Potter (Veja AQUI a carta do Papa Bento XVI que desaprova essa série) e outros livros. Os livros de J.R.R.Tolkien parecem estarem salvos da condenação pela Igreja Católica Apostólica Romana.

Em 26 de fevereiro de 2003, o jornal do Vaticano L’Osservatore Romano recomendou os livros de Tolkien como sendo de inspiração Católica. Segundo o jornal na época os livros possuem “ecos dos evangélios”. O mundo de fantasia do trabalho de Tolkien é “como uma projeção do mundo real, onde os homens são agitados por paixões, impulsionado por sentimentos, escravos do egoísmo, mas aberto aos valores de amizade, amor generosidade, lealdade – mais forte do que a vontade de poder que assola a humanidade.“

O artigo anônimo no L’Osservatore Romano, disse que a obra de Tolkien mostra “uma espécie de teologia”. O Senhor dos Anéis fala através de imagens e sinais, o revisor observa, mas o autor conclui: “Quando a fé inspira um do pensamento e da vida, não há necessidade de chamar a atenção para ela, ela brilha através de tudo.”

Vários livros tentam interpretar as obras de Tolkien sob a luz da Bíblia. No Brasil já foram publicados três livros desse segmento: Encontrando Deus em O senhor dos Anéis, Encontrando Deus em O Hobbit, ambos de autoria de Jim Ware, e ainda, o livro O Senhor dos Anéis e a Bíblia de autoria de Mark Eddy Smith. 

Fonte: Blog Livros e Pessoas.
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Obra de Poe inspira seriado americano

O sombrio e o macabro das obras de Edgar Allan Poe são o pano de fundo e o fio condutor do seriado produzido pela Fox “The Following”, que estreou em janeiro deste ano nos Estados Unidos e está previsto para ser veiculado aqui no Brasil pela Warner a partir do dia 21 de fevereiro. Logo no episódio piloto a série atraiu cerca de 10 milhões de espectadores americanos. A primeira temporada já tem quatro episódios e mais 15 encomendados.

A história começa com a fuga do professor de literatura, Joe Carroll (James Purefoy), preso em uma penitenciária e aguardando execução. Seu crime? Dez anos antes, ele foi responsável pelo assassinato de 14 jovens mulheres. Todas as mortes foram inspiradas em obras de Poe. Ryan Hardy (Kevin Bacon), um ex-agente do FBI responsável pela primeira captura do serial killer, foi convocado para encontrar Carroll e impedir que ele continue o trabalho iniciado anos antes.

Para conseguir seu objetivo, o Carroll cria uma rede de pessoas dispostas a matar por ele – seus seguidores –, em um trabalho organizado e conjunto. A trama fica mais complexa. Hardy tem agora sequelas profundas fruto da primeira perseguição a Carroll. O ex-agente utiliza um marcapasso no coração, além de ter problemas com bebida e traumas psicológicos. A relação entre o “mocinho”, um homem traumatizado, alcoólatra e solitário, e o “vilão”, o simpático, sedutor e carismático Carroll, é profunda, marcada por repulsa e admiração. 

Seguidores de Poe 

Todos os assassinatos se pautam no que Joe Carrol acredita ser a filosofia de Edgar Allan Poe, um misto de morte e beleza. Nos assassinatos, os olhos das vitimas são retirados porque o escritor americano teria acreditado que os olhos são janelas para alma, a verdadeira identidade de uma pessoa. 

Entre as outras referências às obras de Poe está uma mulher que cobre seu corpo com frases de vários contos do autor e, antes de se matar, repete o que seriam as últimas palavras dele: “Lord help my poor soul”. Em outra cena, “Nevermore”, última palavra do poema O corvo é escrito com sangue no local de um dos assassinatos. O coração de Hardy também é uma referência a Poe. O marcapasso e o “coração fraco” do agente remetem ao conto O Coração Delator

Enquanto você espera a série chegar por aqui, que tal uma palhinha da trama?

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Hotéis inspirados em livros

Viajar é bom, se der para ficar num hotel 5 estrelas, melhor ainda. E se o hotel for inspirados em livro? 

O blog Livro e Café reuniu algumas dicas de estadia. Agora é escolher um, juntar a grana e embarcar nessa viagem ao seu universo literário de preferência.

Hôtel de Glace, Quebec, Canadá
O famoso hotel canadense todo feito de gelo, inpirou-se em “Viagem ao centro da Terra” (Júlio Verne) para decorar os quartos. 

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Maison Moschino, Milão, Itália
O hotel italiano possui diversos quartos inspirados em Alice No País das Maravilhas e Chapeuzinho Vermelho. 

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Le Pavillon des Lettres, Paris, França
Cada um dos 26 quartos do Le Pavillon des Lettres foi atribuída uma letra do alfabeto que representa o sobrenome de um escritor. Nos quartos há citações estampadas nas paredes. Além disso, cada quarto está equipado com um iPad carregado com diversos livros, para todos os amantes da literatura moderna.
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The Library Hotel, Nova York, Estados Unidos
Para que se inspirar apenas num livro? Esse hotel se inspirou numa biblioteca inteira! O slogan do hotel é “a thought provoking experience”, cada andar tem um tema diferente, como Língua, Literatura, História, Filosofia, e cada quarto tem uma decoração diferente relacionado a um tópico sobre o tema.

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Radisson Sonya Hotel, São Petersburgo, Rússia
A decoração desse hotel é inspirado no romance Crime e Castigo (Fiódor Dostoiévski). Nos quartos você pode encontrar uma cópia da obra “Madonna Sistene”, de Rafael Sanzio, no qual Dostoievski era obcecado, inclusive a mencionou diversas vezes em seus romances. 

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The Hobbit Motel, Woodlyn Park em Waitomo, Nova Zelândia
Esse hotel quem nunca viu, não lê, não vê filmes ou não navega na internet!
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The Roi des Belges, Londres, Inglaterra
O hotel/barco é inspirado no livro Coração das Trevas (Joseph Conrad).

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The Sylvia Beach Hotel, Nye Beach, Oregon, Estados Unidos
Esse hotel leva muito à sério a leitura, pois não existem TVs, rádios ou telefones nos quartos, nem sem wi-fi, tudo pensando no hóspede fanático por leitura. Os quartos são divididos em Clássicos, Best-sellers, e Novelas (os Clássicos são mais caro), e estão todos com temática de autores específicos – Collete, Mark Twain, Jane Austen, JK Rowling, Dr. Seuss…


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Inn BoonsBoro, Frederick, Maryland, Estados Unidos
A romancista Nora Roberts inaugurou esse hotel em 2009, e fiel ao seu trabalho, os quartos são inspirados por famosos casais literários “que encontraram seus finais felizes”. Cada quarto vem com uma cópia do livro em questão, e tudo, desde a decoração até os produtos de higiene pessoal são inspirados pelo casal e pela época em que a história se passou.

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7º Encontro do Programa Literatura em Foco: Til, de José de Alencar

O blog "Curso palavra: redação, gramática e literatura (Val e Luci)" disponibiliza conteúdos que comentam sobre a obra literária "Til", de José de Alencar. 

Til é uma obra representativa do Romantismo regionalista de José de Alencar. Foi escrita em 1872, mas resgata um passado de segredos e vinganças que vai de 1826, passado dos personagens, a 1846, presente deles.

O cenário é a fazenda das Palmas (e as vastas terras nas proximidades), localizada no interior de São Paulo, onde hoje é a cidade de Americana. No livro, ainda são citadas as cidades de Santa Bárbara e Piracicaba que se constituíam como vilas naquela época.

O enredo gira em torno da personagem Berta e os segredos que envolvem o seu passado: A menina mora com sua mãe e irmão de criação (Nhá Tudinha e Miguel) em uma casa perto da rica fazenda das Palmas. Fora adotada ainda bebê, mas Miguel não a considera simplesmente uma irmã e demonstra profundos sentimentos por ela.

Na fazenda das Palmas vive a rica família do Senhor Luís Galvão, com sua esposa D. Ermelinda e os filhos adolescentes, Afonso e Linda.

Além dessas duas famílias, aparecem como personagens importantes um capanga bugre, chamado Jão Fera; um menino com problemas mentais, o Brás, e uma negra já enlouquecida cujo nome é Zana.

O enredo apresenta os amores inocentes, e até certo ponto platônicos, de Linda por Miguel e de Afonso por Berta; os quatro são amigos e passeiam sempre juntos pelos campos próximos ao rio.

Brás, o menino excepcional, será alfabetizado por Berta. Ela percebe que ele sente-se atraído pelo acento til (~) ao ser apresentado ao alfabeto e, partindo daí, diz ao garoto que ela se chama Til, para aproximar-se mais e conseguir alfabetizá-lo.

Muitos segredos do passado envolvem a vida deo Berta e ao longo da narrativa vamos descobrindo que ela é uma menina especial, que está destinada a ajudar aqueles que sofrem, sendo eles pessoas ou animais.

É um enredo novelesco, com altos e baixos, que aos poucos vai se revelando numa trama cheia de coincidências e artifícios românticos.

Para saber mais sobre essa obra literária: enredo, personagens, síntese, desenvolvimento, problemática, clímax, desfecho, linguagem, espaço/tempo, narrador, foco narrativo, contexto histórico, escola literária e sobre o autor, clique aqui.

 Mais informações sobre a obra literária Til, acesse o site da Universia.

O 7º encontro ocorrerá nos dias 20 e 21 de março.

20/03: Quarta-feira - 13h30 às 14h30
21/03: Quinta-feira - 9h às 10h
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Programa Literatura em Foco

A partir do dia 20 de março, a Biblioteca Comunitária "Wolgran Junqueira Ferreira" retorna com o programa Literatura em Foco, que tem como objetivo a discussão das obras literárias exigidas pelos vestibulares da Fuvest e da Unicamp. 

No 1º semestre de 2013, a atividade acontece às quartas-feiras das 13h30 às 14h30 e quintas-feiras, das 9h às 10h, e é realizada pelo prof. Rosbon, docente da área de Literatura e Língua Espanhola.

Confira a programação dos encontros:

Março: 
20-21/03:  Til, de José de Alencar

Maio: 
15-16/05: Viagens na Minha Terra, de Almeida Garret
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Conheça os livros mais polêmicos de todos os tempos

Os livros têm um poder inegável. Um bom livro pode trazer alegrias, inspirar mudanças de vida, desenvolver o senso crítico e levar a reflexão.
A grande importância dos livros é que eles expressam ideias que são fundamentais para a humanidade. Eles representam nossas lutas, apresentam pontos de vista desafiadores e nos estimulam a desenvolver nossos conceitos. No entanto, algumas pessoas acreditam que certas questões nunca devem ser exploradas.
Confira a seguir alguns livros considerados “controversos” na época em que foram lançados e causaram polêmica com as ideias apresentadas. 

1. A Origem das Espécies, de Charles Darwin

Você pode argumentar que a ciência não é um tema ofensivo, mas isso não impediu que a imortal teoria de Charles Darwin sobre a evolução e seleção natural fosse considerada polêmica. As instituições cristãs condenaram o livro, uma vez que ele contradiz a visão criacionista. O próprio Darwin não acreditava que a evolução e a noção de um criador eram mutuamente exclusivas, mas este ainda é um tema polêmico.


2. O Apanhador no Campo de Centeio, de J. D. Salinger

A obra conta a história de um jovem de 16 anos que luta contra a angústia adolescente e lamenta o mundo ao seu redor. No livro existem muitas passagens sobre cigarro e álcool, e uma boa dose de blasfêmia e atitudes subversivas. Nos Estados Unidos, um professor de Inglês foi demitido por indicar a obra para leitura.


3. Os 120 Dias de Sodoma, de Marquês de Sade

Basicamente, o livro retrata a exploração do lado mais escuro da natureza humana e, especialmente, de perversão sexual. Na obra, quatro libertinos franceses capturam algumas adolescentes, e durante 120 dias torturam, humilham e estupram as jovens. Este livro foi recentemente banido na Coréia do Sul, e não foi publicado na Grã-Bretanha até 1954, apesar de ter sido escrito no século XVIII.

4. O Amante de Lady Chatterley, de D. H. Lawrence

O livro detalha momentos eróticos da protagonista com seus guardas, e foi considerado demasiadamente explícito e obsceno, ao ser publicado. No entanto, a editora Penguin ganhou o caso judicial e a obra de D. H. Lawrence foi um bestseller. A vitória foi um momento histórico para a indústria editorial, porque a censura de livros tornou-se mais difícil a partir deste momento.

5. Lolita, de Vladimir Nabokov

No livro, o narrador se casa com uma mulher para ter acesso à sua filha. Depois de seu lançamento em 1955, este livro foi proibido na França, Inglaterra, Nova Zelândia e Argentina.


6. Os Versos Satânicos, de Salman Rushdie

Publicado em 1988, “Os Versos Satânicos” é considerado controverso por causa de suas atitudes em relação ao Islã. Rushdie se refere a Maomé como “Mahound”, o que essencialmente significa demônio. Cópias foram queimadas, vários protestos foram realizados e até mesmo um tradutor do livro foi morto. Rushdie passou pouco menos de uma década sob proteção policial.

7. O Psicopata Americano, de Bret Easton Ellis

O Psicopata Americano é um livro sobre a atmosfera masculina no mundo dos negócios corporativos dos Estados Unidos. A obra causou uma enorme polêmica em 1991 devido ao seu conteúdo gráfico e assustador. O livro conta a história de Patrick Bateman. O personagem é meticuloso em sua descrição das coisas cotidianas, mas por outro lado, ele é selvagem, grotesco e feroz quando tortura, mutila, mata e até mesmo comer suas vítimas.

8. The Anarchist Cookbook (O Livro de Receitas Anarquista), de William Powell

Powell escreveu “The Anarchist Cookbook” aos 19 anos, quando ele estava na Guerra do Vietnã. Este livro é muito anti-governo, e inclui coisas como uma receita para bombas.




Fonte: Universia.
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14 de março: Dia Nacional da Poesia

Para celebrar o Dia Nacional da Poesia, leia uma pequena seleção de poemas dos principais autores nacionais falando sobre "as faces da mulher".
Vínicius de Moraes
"Se você quer ser minha namorada"

Ah! Que linda namorada
Você poderia ser
Se quiser ser somente minha
Exatamente essa coisinha
Essa coisa toda minha
Que ninguém mais pode ser
Você tem que me fazer um juramento
De só ter um pensamento
Ser só minha até morrer
E também de não perder esse jeitinho
De falar devagarinho
Essas estórias de você
E de repente
Me fazer muito carinho
E chorar bem de mansinho
Sem ninguém saber porquê
Mas se mais do que minha namorada
Você quer ser minha amada
Minha amada, mas amada prá valer
Aquela amada pelo amor predestinada
Sem a qual a vida é nada
Sem a qual se quer morrer
Você tem que vir comigo em meu caminho
E, talvez, o meu caminho
Seja triste prá você
Os seus olhos têm que ser só dos meus olhos
E os seus braços, o meu ninho
No silêncio de depois
E você tem que ser a estrela derradeira
Minha amiga e companheira


No infinito de nós dois

Cora Coralina
"Mãe”

Renovadora e reveladora do mundo
A humanidade se renova no teu ventre.
Cria teus filhos,
não os entregues à creche.
Creche é fria, impessoal.
Nunca será um lar
para teu filho.
Ele, pequenino, precisa de ti.
Não o desligues da tua força maternal. 

Que pretendes, mulher?
Independência, igualdade de condições...
Empregos fora do lar?
És superior àqueles
que procuras imitar.
Tens o dom divino
de ser mãe.

Martha Medeiros
“Quando chegar”

Quando chegar aos 30
serei uma mulher de verdade
nem Amélia num ninguém
um belo futuro pela frente
e um pouco mais de calma talvez

e quando chegar aos 50
serei livre, linda e forte
terei gente boa ao lado
saberei um pouco mais do amor
e da vida quem sabe

e quando chegar aos 90
já sem força, sem futuro, sem idade
vou fazer uma festa de prazer
convidar todos que amei
registrar tudo que sei
e morrer de saudade.



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