Mulheres com idades entre 25 e 44 anos pertencentes às classes A e B e
com ensino médio ou superior completo compõem o perfil de quem mais
estimula a leitura nas crianças. As mães aparecem na primeira posição e
tios e tias vêm logo em seguida. Pais ficam no terceiro lugar no ranking
de parentes que mais se dedicam a incentivar o gosto pela leitura nos
mais novos. Enquanto nas classes mais altas, os pais são vistos como os
grandes responsáveis por estimular os filhos, nas classes D e E a escola
ganha destaque maior.
Um quarto das pessoas ouvidas afirmou ler semanalmente para crianças. A
grande maioria considera que, desta forma, estreita relações afetivas
com o menino ou menina. Quase 90%, porém, admite que poderia se esforçar
mais na tarefa. A leitura é reconhecida como importante em todas as
regiões. Mais da metade dos entrevistados acredita que a criança deve
ser estimulada a ler desde muito cedo porque isso ajuda no
desenvolvimento cultural e intelectual. Outros 36% citam que a formação
educacional recebida é responsável por criar o hábito da leitura em
adultos.
Chama a atenção que quase uma em cada dez pessoas já pensa no futuro
profissional dos pequenos. Para 9%, incentivar crianças a ler é uma
forma de prepará-las para as exigências futuras do mercado de trabalho.
Entre os 2% dos entrevistados que afirmaram não considerar importante o
incentivo à leitura nas crianças, a maior parte argumenta que elas
ainda são muito novas e, portanto, deveriam se dedicar apenas a brincar.
Leitura na infância – Questionados sobre a própria
experiência, 60% dos entrevistados afirmaram que, durante a infância,
não contaram com a ajuda de um adulto na leitura. A maioria ressalta que
gostaria que isso tivesse ocorrido. Entre os 40% que passaram pela
experiência, a maior parte pertence às classes A e B, tem entre 16 e 34
anos e concluiu o ensino superior.
A pesquisa ouviu 2.074 pessoas em 133 cidades do país, no início de
agosto. A margem de erro da amostra é de 2 pontos percentuais para mais
ou para menos.
Fonte: Veja.