sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Relembre a trajetória e a obra de Jorge Amado no centenário do autor


O escritor Jorge Amado completaria 100 anos nesta sexta-feira (10), período marcado por uma série de comemorações pelo Brasil, como um show de Caetano Veloso em Ilhéus. A data também lembra a colossal obra do baiano, que se mantém viva e atual até hoje.

Jorge Amado escreveu mais de 30 romances, traduzidos para 49 idiomas. Foi militante comunista até se afastar da ideologia devido às atrocidades stalinistas, porém manteve em sua obra a crítica a desigualdades sociais. Seus livros foram censurados, banidos e até queimados nas ruas e depois aclamados nas salas de aula e na Academia Brasileira de Letras, onde Amado ingressou em 1961.

O escritor colocou em primeiro plano personagens femininas fortes, sensuais e contestadoras. Trouxe uma literatura sensorial - repleta de cheiros e sabores - aliada a um olhar afiado para os costumes regionais. A força de sua obra extrapolou a literatura para se tornarem alguns dos maiores sucessos da cinema e teledramaturgia nacional.

Ele exacerbou em sua obra a miscigenação e o sincretismo religioso, o que ajudou para que em 1959 recebesse um dos mais altos títulos do candomblé. Apesar das inúmeras premiações que recebeu, Jorge Amado dizia que se orgulhava mais das do candomblé.

A Companhia das Letras começou a publicar as obras de Jorge Amado em 2009 e já lançou quase 40 títulos do autor. “Capitães de Areia” acabou se tornando um dos cinco livros mais vendidos da editora, ultrapassando a marca dos 600 mil exemplares.

A editora planeja mais dois lançamentos ainda para agosto deste ano. “Bahia de Todos os Santos” é uma espécie de guia de Salvador pelos olhos de Amado. Escrito originalmente em 1944, ele foi sendo atualizado ao longo dos anos conforme a cidade se modificava até uma última versão em 1986. Já “Toda a Saudade do Mundo” reúne correspondências entre Amado e sua esposa, a escritora Zélia Gattai.

Clique na imagem abaixo para visualizar e entender dez livros do escritor Jorge Amado.


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