10 maiores escritores para jovens da literatura brasileira

O blog Listas Literárias realizou uma enquete para saber quais escritores da literatura brasileira preferidos pelos seus leitores jovens. 

1 - Monteiro Lobato [43%]: É o pai da literatura infantil e juvenil no país. Criador dos memoráveis personagens do Sítio do Pica Pau Amarelo, criou em suas obras um mundo fantástico, repleto de influências, e revelando também a cultura local através das lendas nacionais. Era um homem engajado, que além de seus livros foi muito influente na campanha O petróleo é nosso;

2 - Marcos Rey [20%]: Foi cineasta, editor, e como escritor abriu o mundo dos livros para jovens com diversos livros publicados em que a aventura era presença certa. Entre seus principais livros para os jovens estavam "O rapto do Garoto de Ouro" e "O mistério dos Cinco Estrelas".


3 - Pedro Bandeira [13%]: É o autor de literatura juvenil mais vendido no Brasil (vinte milhões de exemplares até 2006) e, como especialista em letramento e técnicas especiais de leitura, profere conferências para professores em todo o país. É autor de setenta e sete livros publicados, entre eles títulos consagrados como a série Os Karas, A marca de uma lágrima, Agora estou sozinha…, A hora da verdade e Prova de Fogo.

4 - Eduardo Spohr [13%]: É na atualidade um dos principais autores nacionais voltado a literatura para jovens, e seu primeiro livro A Batalha do Apocalipse, é uma grande sucesso estando seguidamente na lista dos Mais Vendidos.

5 - Raphael Draccon [9%]: Outro da geração mais nova a escrever para jovens. Raphael é autor da Trilogia Dragões de Éter, que já está em seu terceiro livro, publicado pela Leya. O autor reforça sua ligação com o público jovem com intensa participação na internet, em blogs e redes sociais;


6 - Ziraldo [ 5%]: Cartunista, chargista, pintor, dramaturgo, escritor, cronista, desenhista e jornalista brasileiro. É o criador de personagens famosos, como o Menino Maluquinho, e, atualmente, um dos mais conhecidos e aclamados escritores infantis do Brasil.

7 - Thalita Rebouças [3%] : Escreve livros destinados ao publico adolescente. Sua carreira começou em 1999, mas ela só ficou conhecida do grande público em 2003, quando passou a publicar seus livros pela editora Rocco. Desde então, lançou nove títulos e em abril de 2009 já tinha vendido mais de 400 mil exemplares.

8 - Ganymédes José [1%]: Foi um dos mais influentes escritores da literatura infantil brasileira nos anos 70 e 80. Recebeu vários prêmios, como o Prêmio APCA 1976, da Associação Paulista de Críticos de Arte e o Prêmio Jabuti 1985, da Câmara Brasileira do Livro, entre outros. Também exerceu as profissões de cronista, ficcionista, poeta, tradutor, teatrólogo, musicista, restaurador de imagens sacras, advogado, professor e ilustrador de livros.

9 - Viriato Correia [1%]: Homem de participação política, além de escritor foi Deputado Federal. Entre seus livros para o público jovem estão Histórias da Caramuru, No país da bicharada, e Era um vez...

10 - Paula Pimenta [1%]: Eis aí outro exemplo da geração de novos escritores a procurar interagarir com o público jovem. Sua série de livros fazendo meu filme já está no terceiro livro, com uma ótima repercussão entre o público jovem, caindo no agrado de importantes e influentes blogueiros.

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Depois de 25 anos de sua morte, Drummond é tido como um dos maiores poetas do século 20

No aniversário de 25 anos de sua morte, Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), o “poeta que não queria ser moderno, mas eterno”, é lembrado como um dos maiores escritores contemporâneos, por conta da simplicidade, clareza e dramaticidade de sua obra. 

"O Drummond é um dos maiores poetas do século 20. Ele não é importante apenas para o país, mas para o mundo”, afirma o jornalista Flávio Moura ao UOL, responsável pela homenagem ao escritor na Flip (Festa Literária Internacional de Paraty) deste ano.

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Fonte: UOL e Livros e Afins.  
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Hábito de ler está além dos livros, diz um dos maiores especialistas em leitura do mundo

Um dos maiores especialistas em leitura do mundo, o francês Roger Chartier destaca que o hábito de ler está muito além dos livros impressos e defende que os governos têm papel importante na promoção de uma sociedade mais leitora.

O historiador esteve no Brasil para participar do 2º Colóquio Internacional de Estudos Linguísticos e Literários, realizado pela UEM (Universidade Estadual de Maringá) no mês de junho. 

Em entrevista à Agência Brasil, o professor e historiador avaliou que os meios digitais ampliam as possibilidades de leitura, mas ressaltou que parte da sociedade ainda está excluída dessa realidade.

Agência Brasil:
Uma pesquisa divulgada recentemente indicou que o brasileiro lê em média quatro livros por ano (a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, divulgada pelo Instituto Pró-Livro em abril). Podemos considerar essa quantidade grande ou pequena em relação a outros países?
Roger Chartier: Em primeiro lugar, me parece que o ato de ler não se trata necessariamente de ler livros. Essas pesquisas que peguntam às pessoas se elas leem livros estão sempre ignorando que a leitura é muito mais do que ler livros. Basta ver em todos os comportamentos da sociedade que a leitura é uma prática fundamental e disseminada. Isso inclui a leitura dos livros, mas muita gente diz que não lê livros e de fato está lendo objetos impressos que poderiam ser considerados [jornais, revistas, revistas em quadrinhos, entre outras publicações]. Não devemos ser pessimistas, o que se deve pensar é que a prática da leitura é mais frequente, importante e necessária do que poderia indicar uma pesquisa sobre o número de livros lidos.

ABr:
Hoje a leitura está em diferentes plataformas?
Chartier: Absolutamente, quando há a entrada no mundo digital abre-se uma possibilidade de leitura mais importante que antes. Não posso comparar imediatamente, mas nos últimos anos houve um recuo do número de livros lidos, mas não necessariamente porque as pessoas estão lendo pouco. É mais uma transformação das práticas culturais. É gente que tinha o costume de comprar e ler muitos livros e agora talvez gaste o mesmo dinheiro com outras formas de diversão.

ABr:
A mesma pesquisa que trouxe a média de livro lidos pelos brasileiros aponta que a população prefere outras atividade à leitura, como ver televisão ou acessar a internet.
Chartier: Isso não seria próprio do brasileiro. Penso que em qualquer sociedade do mundo [a pesquisa] teria o mesmo resultado. Talvez com porcentagens diferentes. Uma pesquisa francesa do Ministério da Cultura mostrou que houve uma redistribuição dos gastos culturais para o teatro, o turismo, a viagem e o próprio meio digital.

ABr:
Na sua avaliação, essa evolução tecnológica da leitura do impresso para os meios digitais tem o papel de ampliar ou reduzir o número de leitores?
Chartier: Representa uma possibilidade de leitura mais forte do que antes. Quantas vezes nós somos obrigados a preencher formulários para comprar algo, ler e-mails. Tudo isso está num mundo digital que é construído pela leitura e a escrita. Mas também há fronteiras, não se pode pensar que cada um tem um acesso imediato [ao meio digital]. É totalmente um mundo que impõe mais leitura e escrita. Por outro lado, é um mundo onde a leitura tradicional dos textos que são considerados livros, de ver uma obra que tem uma coerência, uma singularidade, aqui [nos meios digitais] se confronta com uma prática de leitura que é mais descontínua. A percepção da obra intelectual ou estética no mundo digital é um processo muito mais complicado porque há fragmentos e trechos de textos aparecendo na tela.

ABr:
Na sua opinião, a responsabilidade de promover o hábito da leitura em uma sociedade é da escola?
Chartier: Os sociólogos mostram que, evidentemente, a escola pode corrigir desigualdades que nascem na sociedade mesmo [para o acesso à leitura]. Mas ao mesmo tempo a escola reflete as desigualdades de uma sociedade. Então me parece que, também, é um desafio fundamental que as crianças possam ter incorporados instrumentos de relação com a cultura escrita e que essa desigualdade social deveria ser considerada e corrigida pela escola que normalmente pode dar aos que estão desprovidos os instrumento de conhecimento ou de compreensão da cultura escrita. É uma relação complexa entre a escola e o mundo social. E é claro que a escola não pode fazer tudo.

ABr:
Esse é um papel também dos governos?
Chartier: Os governos têm um papel múltiplo. Ele pode ajudar por meio de campanhas de incentivo à leitura, de recursos às famílias mais desprovidas de capital cultural e pode ajudar pela atenção ao sistema escolar. São três maneira de interação que me parecem fundamentais.

ABr:
No Brasil ainda temos quase 14 milhões de analfabetos e boa parte da população tem pouco domínio da leitura e escrita – são as pessoas consideradas analfabetas funcionais. Isso não é um entrave ao estímulo da leitura?
Chartier: É preciso diferenciar o analfabetismo radical, que é quando a pessoa está realmente fora da possibilidade de ler e escrever da outra forma que seria uma dificuldade para uma leitura. Há ainda uma outra forma de analfabetismo que seria da historialidade no mundo digital, uma nova fronteira entre os que estão dentro desse mundo e outros que, por razões econômicas e culturais, ficam de fora. O conceito de analfabetismo pode ser o radical, o funcional ou o digital. Cada um precisa de uma forma de aculturação, de pedagogia e didática diferente, mas os três também são tarefas importantes não só para os governos, mas para a sociedade inteira.

ABr:
Na sua avaliação, a exclusão dos meios digitais poderia ser considerada uma nova forma de analfabetismo?
Chartier: Me parece que isso é importante e há uma ilusão que vem de quem escreve sobre o mundo digital, porque já está nele e pensa que a sociedade inteira está digitalizada, mas não é o caso. Evidente há muitos obstáculos e fronteiras para entrar nesse mundo. Começando pela própria compra dos instrumentos e terminando com a capacidade de fazer um bom uso dessas novas técnicas. Essa é uma outra tarefa dada à escola de permitir a aprendizagem dessa nova técnica, mas não somente de aprender a ler e escrever, mas como fazer isso na tela do computador.

Fonte: R7.
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6 critérios para comprar um livro

Confira abaixo o depoimento da blogueira Caminhante Diurno em relação aos 6 critérios para comprar um livro,
Eu sou fã de bibliotecas, então hesito muito na hora de comprar um livro. Sem dizer que livros custam caro, ocupam espaço e precisam ser cuidados.
Enquanto uns reservam seu orçamento mensal para comprar livros, eu já parto do pressuposto de que não os comprarei – o que não significa que eu não leia. Isso significa que aproveito melhor as bibliotecas da minha cidade. Sem dizer que uma boa biblioteca pessoal não é formada apenas por um número volumoso de livros – é preciso ter critérios, que esses livros sejam realmente importantes para o seu dono. Mais um motivo para ser criterioso na hora de comprar.

A minha regra é não comprar livros. Abro exceções para os seguintes casos:

1. O livro não existe na biblioteca

Bibliotecas não costumam ter lançamentos ou livros específicos de algumas áreas. Em geral, bibliotecas foram uma rede (como os Faróis do Saber, aqui em Curitiba). Caso não tenha encontrado na estante, quem sabe seja possível mandar trazer de outra. Senão, o jeito é comprar mesmo.

2. É um dos meus livros preferidos

E quem irá dizer que não existe razão nas coisas feitas pelo coração? Alguns livros fazem parte da nossa história e faz todo sentido tê-los.

3. É um livro de consulta

Além do incômodo de não ter o livro à mão sempre que precisar, nesse tipo de livro é bom fazer marcas ou anotações. Vale à pena ter o seu.

4. É um livro importante na minha área

É sempre bom ter à mão os clássicos da sua área de conhecimento. Eles servem de referência a todo instante, seja por algum artigo a ser escrito ou alguma dúvida a ser esclarecida.

5. É do meu autor favorito

Autores favoritos são como parentes muito queridos, dá vontade de ter por perto. Nesse caso, vale comprar edições ilustradas, traduções novas, capas bonitas…

6. Eu vou morrer se não ler esse livro!

Às vezes livros causam um furor muito grande, e todos à nossa volta só falam disso. É como um filme, que quanto mais tempo ficamos sem saber, maior o risco de nos contarem a história ou perder a onda. Vá lá e compre. E depois, se não merecer espaço na estante, doe para a biblioteca.

Estas são as minhas exceções. O que te leva a decidir comprar um livro?

Fonte: Livros e Afins.
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"Muitos pais não percebem, mas seus filhos se tornaram idiotas", diz Ziraldo na Bienal


Uma breve conversa de 15 minutos com Ziraldo na Bienal Internacional do Livro de São Paulo acaba passando por temas como literatura, colonização brasileira, marketing, UFC, novas tecnologias, casos de família e até mesmo um pouco sobre os seus lançamentos na feira.

Aos 80 anos e em sua 16ª Bienal, o pai do Menino Maluquinho não cessa de enfatizar a importância de feiras literárias e do próprio livro para enfrentar o que ele considera em “emburrecimento” endêmico da sociedade.

“A família brasileira não lê. Nós temos a internet que pode ser a fonte da vida e do conhecimento, mas o computador é usado como brinquedo. Muitos pais não percebem, mas seus filhos se tornaram idiotas”, disse Ziraldo ao UOL. “Bote um livro na mão do seu filho e ensine o domínio da leitura. Se ele não dominar isso, só vai dar certo se souber jogar futebol ou dar porrada muito bem para entrar nesse UFC”.

Apesar de ser autor de obras que marcaram seguidas gerações de crianças brasileiras, Ziraldo diz que não se considera um narrador. “Não tenho um talento como o de Thalita Rebouças ou da autora do Harry Potter”, falou. “Eu parto de uma ideia simples como uma ilustração e tento fechá-la com chave de ouro, como fazia quando trabalhava no marketing”.

“O livro é o objeto mais perfeito da história da humanidade”, defendeu Ziraldo. “Você carrega a história em suas mãos, sente o cheiro do papel, o tempo que você vira uma página é um tempo que percorre na história. O livro contém vida e isso não pode ser substituído por algo frio e digital”.

Quando perguntado sobre o que mudou em sua comunicação com as crianças em todos os anos de literatura infantil, Ziraldo responde: “Não mudou nada. Os tempos e as tecnologias podem mudar, mas a criança não muda nunca”. Ziraldo lança na feira “O Grande Livro das Tias” (Melhoramentos), homenagem às tias e sua importância na infância.

Fonte: UOL.
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Li por aí… : blog de fotos de pessoas lendo livros

Um blog especializado em fotos de pessoas lendo [Clique aqui para ler mais].



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Relembre a trajetória e a obra de Jorge Amado no centenário do autor


O escritor Jorge Amado completaria 100 anos nesta sexta-feira (10), período marcado por uma série de comemorações pelo Brasil, como um show de Caetano Veloso em Ilhéus. A data também lembra a colossal obra do baiano, que se mantém viva e atual até hoje.

Jorge Amado escreveu mais de 30 romances, traduzidos para 49 idiomas. Foi militante comunista até se afastar da ideologia devido às atrocidades stalinistas, porém manteve em sua obra a crítica a desigualdades sociais. Seus livros foram censurados, banidos e até queimados nas ruas e depois aclamados nas salas de aula e na Academia Brasileira de Letras, onde Amado ingressou em 1961.

O escritor colocou em primeiro plano personagens femininas fortes, sensuais e contestadoras. Trouxe uma literatura sensorial - repleta de cheiros e sabores - aliada a um olhar afiado para os costumes regionais. A força de sua obra extrapolou a literatura para se tornarem alguns dos maiores sucessos da cinema e teledramaturgia nacional.

Ele exacerbou em sua obra a miscigenação e o sincretismo religioso, o que ajudou para que em 1959 recebesse um dos mais altos títulos do candomblé. Apesar das inúmeras premiações que recebeu, Jorge Amado dizia que se orgulhava mais das do candomblé.

A Companhia das Letras começou a publicar as obras de Jorge Amado em 2009 e já lançou quase 40 títulos do autor. “Capitães de Areia” acabou se tornando um dos cinco livros mais vendidos da editora, ultrapassando a marca dos 600 mil exemplares.

A editora planeja mais dois lançamentos ainda para agosto deste ano. “Bahia de Todos os Santos” é uma espécie de guia de Salvador pelos olhos de Amado. Escrito originalmente em 1944, ele foi sendo atualizado ao longo dos anos conforme a cidade se modificava até uma última versão em 1986. Já “Toda a Saudade do Mundo” reúne correspondências entre Amado e sua esposa, a escritora Zélia Gattai.

Clique na imagem abaixo para visualizar e entender dez livros do escritor Jorge Amado.


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